O glaucoma é uma doença crônica, silenciosa e progressiva que danifica o nervo óptico. Ela não tem cura, mas pode ser controlada com o uso diário de colírios hipotensores, que ajudam a reduzir a pressão intraocular (PIO).
Por outro lado, se o glaucoma não for controlado adequadamente, pode levar à perda irreversível da visão. Sendo assim, usar a medicação regularmente e fazer acompanhamento médico oftalmológico é fundamental!
Por meio deste artigo, você vai entender como os colírios para glaucoma agem no controle do dano ao nervo óptico e por que seu uso regular é tão importante.
Como agem os colírios para glaucoma?
A função dos colírios antiglaucomatosos é diminuir a produção do humor aquoso, aumentando a drenagem do mesmo. Dessa maneira, a pressão intraocular (PIO), que é o principal fator de risco para o dano ao nervo óptico, é reduzida.
Eles podem agir de diferentes maneiras: alguns diminuem a produção do humor aquoso (líquido dentro do olho), como os betabloqueadores (timolol) e os inibidores da anidrase carbônica (dorzolamida), enquanto outros aumentam sua drenagem, como as prostaglandinas (latanoprosta) e os agonistas alfa-adrenérgicos (brimonidina). Alguns colírios combinam esses mecanismos para potencializar o efeito.
Ao controlar a PIO, esses medicamentos retardam a progressão do glaucoma, evitando a perda de visão permanente.
Por que o uso dos medicamentos é tão importante?

O uso contínuo e correto dos colírios é essencial porque o glaucoma é uma doença crônica e silenciosa, que não apresenta sintomas perceptíveis até estágios avançados. Se não tratada adequadamente, a pressão ocular elevada danifica irreversivelmente as fibras do nervo óptico, levando à cegueira.
Como a perda de visão pelo glaucoma é irreversível, a adesão rigorosa ao tratamento é a única forma de preservar a acuidade visual a longo prazo. A aplicação regular, conforme orientação médica, é essencial, mesmo que o paciente não note mudanças imediatas, pois a eficácia depende da manutenção da pressão ocular em níveis seguros.
Quando o paciente pula doses ou interrompe o tratamento, a pressão ocular pode voltar a subir, causando danos progressivos ao nervo óptico – mesmo sem sintomas imediatos. Também ocorre a perda de campo visual periférico, que pode evoluir para visão tubular ou cegueira e talvez seja necessário realizar tratamentos mais invasivos – como laser ou cirurgia.
E se houver o esquecimento do uso do colírio algumas vezes?
O impacto do esquecimento do colírio depende da frequência de seu uso que seria necessária para o controle da doença e do tipo de glaucoma:
- Esquecimento ocasional do colírio (1 ou 2 vezes): em muitos casos, isso não causa dano imediato, mas pode levar a flutuações na PIO. Se lembrar em até algumas horas após o esquecimento, ainda é possível aplicar o colírio – dependendo do tipo de medicação e das orientações médicas. Jamais dobre a dose no próximo horário – isso pode causar efeitos colaterais.
- Esquecimento frequentemente (várias vezes por semana): a pressão ocular (PIO) pode ficar descontrolada, aumentando o risco de piora do glaucoma. O nervo óptico poderá sofrer danos silenciosos e irreversíveis. Se esquecer várias vezes, avise seu oftalmologista. Por vezes, pode ser necessário um ajuste no tratamento.
- Parar de usar o colírio por conta própria: neste caso, a pressão intraocular volta a subir rapidamente (em dias ou semanas) e o glaucoma pode progredir sem que haja sintomas até que a perda de visão seja perceptível. Em casos avançados, pode ser necessária cirurgia de emergência.
Como não esquecer de usar o colírio?
Para não esquecer de usar o colírio:
- Estabeleça uma rotina associando o horário da aplicação a atividades diárias fixas, como escovar os dentes ou tomar café da manhã;
- Utilize lembretes no celular com alarmes ou baixe aplicativos específicos para controle de medicação;
- Deixe o colírio em locais visíveis, como perto da pia do banheiro ou na mesa de cabeceira;
- Se necessário, use um organizador semanal de comprimidos com compartimentos para horários, mesmo que seja só para os colírios, pois isso serve como lembrete visual;
- Compartilhe seu esquema de tratamento com um familiar próximo, isso pode reforçar o compromisso e a responsabilidade.
Por fim, vale destacar que esquecer de usar o colírio ocasionalmente pode não causar danos imediatos. No entanto, a falta de regularidade no tratamento pode acelerar a progressão do glaucoma, levando à perda visual irreversível. Sendo assim, a disciplina quanto ao uso da medicação é essencial.

Se, mesmo com as dicas que sugerimos, você ainda tem dificuldade em lembrar ou sofre com efeitos colaterais dos colírios, converse com seu oftalmologista! Existem outras alternativas de tratamento. O que não pode ocorrer é deixar de controlar adequadamente o glaucoma, para preservar sua visão a longo prazo.
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