Uma das principais causas de cegueira reversível no mundo é a catarata. Esta é uma condição que afeta a visão e é caracterizada pela opacificação do cristalino, uma estrutura transparente localizada atrás da íris. De acordo com o Relatório Mundial sobre a Visão, elaborado em 2023 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença atinge cerca de 65,2 milhões de pessoas.
Já no Brasil, dados repercutidos em 2022 pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) já apontavam que a catarata atingia 25% dos brasileiros com mais de 50 anos. Além disso, conforme a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), surgem cerca de 550 mil novos casos em nosso país por ano. Entretanto, apesar dos números serem significativos, esta é uma doença ocular facilmente resolvida por meio da cirurgia.
O que é a catarata?
Não raro escutamos que algum conhecido ou familiar está com catarata ocular e que vai passar por uma cirurgia de remoção do cristalino. Tal fato pode ser comprovado pelos números apontados nas pesquisas citadas anteriormente, as quais afirmam ser esta a principal causa de cegueira no mundo. No entanto, nem sempre as pessoas têm um conhecimento aprofundado sobre a doença e suas formas de tratamento e prevenção.
A catarata é uma condição ocular que ocorre por meio da redução e perda de transparência do cristalino, uma espécie de lente natural do olho, que diminui a qualidade visual do paciente e, inclusive, pode provocar a cegueira. Geralmente, a progressão da doença é lenta e nem sempre afeta os dois olhos no mesmo momento, pode ser primeiro um olho e depois o outro.
Quais as causas da doença ocular?
Como principal causa da progressão da condição está o envelhecimento natural do ser humano, e nesse caso do cristalino – a catarata senil – que atinge especialmente as pessoas acima dos 50 anos. Entretanto, ela pode surgir de outras formas, como por meio de alguns hábitos e medicações que possam acelerar o processo, ou ainda, pode aparecer de maneira secundária a doenças sistêmicas (diabetes), à exposição exagerada e sem proteção à luz solar, ao tabagismo, a traumas oculares prévios, etc.
Qual é o tratamento para catarata?
O único tratamento para catarata ocular é a realização de cirurgias de extração do cristalino opaco e a implantação de uma lente intraocular. Vale destacar que nos últimos anos, os procedimentos cirúrgicos desenvolveram-se de forma exponencial, tornando-se cada vez mais rápidos e seguros.
Existem dois tipos diferentes de técnicas cirúrgicas: a tradicional, na qual se retira o cristalino inteiro e a mais atual em que se utiliza um aparelho para fragmentar a catarata e permitir sua aspiração. Tal procedimento é conhecido como Facoemulsificação, uma técnica altamente eficaz e segura que oferece excelentes resultados visuais, tornando o paciente menos dependente de óculos.
A escolha entre as técnicas será feita pelo cirurgião após consulta médica. Porém, em geral, a cirurgia é realizada sob anestesia local. O procedimento consiste na substituição da lente natural do olho, o cristalino opacificado, por uma lente artificial que o substituirá. Assim que terminado, o paciente pode ir para casa e seguir as recomendações do médico.
É possível prevenir a condição?
Ainda que não seja possível prevenir completamente a catarata, especialmente a senil, há formas que podem ajudar a reduzir o risco de desenvolvê-la, ou ainda, adiar seu aparecimento. Entre as dicas estão:
- Realizar consultas oftalmológicas regulares para identificar problemas oculares em estágios iniciais e tratá-los antes que se tornem graves;
- Evitar o tabagismo, pois o tabaco está associado a um maior risco de desenvolvimento da catarata;
- Usar proteção ocular adequada ao realizar atividades que possam representar risco de lesões oculares, como esportes ou trabalho em ambientes perigosos;
- Evitar o consumo excessivo de álcool;
- Manter uma dieta saudável, rica em frutas, legumes, verduras e alimentos ricos em antioxidantes, como vitamina C e E;
- Controlar a diabetes mantendo seus níveis de açúcar no sangue sob controle;
- Usar óculos de sol adequados, que bloqueiem os raios ultravioleta (UV) do sol.
Além dessas medidas práticas, é importante investir em programas de prevenção e conscientização sobre a catarata. Campanhas educativas podem ajudar a informar sobre os sintomas da condição, incentivando a busca por tratamento precoce. Também é fundamental a promoção de hábitos saudáveis, como o uso de óculos de sol e a adoção de uma dieta balanceada rica em antioxidantes.
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