A Degeneração Marginal Pelúcida (DMP) é uma condição ocular rara que afeta a córnea, especificamente a membrana de Bowman e o estroma anterior. Essa patologia está associada ao afinamento progressivo da córnea, geralmente na região periférica, diferindo do ceratocone, que afeta principalmente a região central.
É uma condição ocular relativamente rara que progride de forma lenta ao longo de muitos anos. Geralmente, ocorre em homens entre a segunda e a quinta décadas de vida. A DMP pode levar a astigmatismo irregular, redução da acuidade visual e, em casos graves, à necessidade de intervenção cirúrgica.
Neste artigo, discutiremos as causas, sintomas, diagnóstico e opções de tratamento disponíveis para a Degeneração Marginal Pelúcida.
Causas e fatores de risco
A etiologia exata da DMP ainda não é totalmente compreendida, mas acredita-se que esteja relacionada a fatores genéticos, ambientais e doenças sistêmicas. Algumas das possíveis causas incluem:
Fatores Genéticos – Há relatos de casos familiares, sugerindo uma predisposição hereditária.
Fatores Ambientais – Lesões repetitivas, traumas oculares ou inflamações crônicas podem contribuir para o desenvolvimento da doença.
Doenças Sistêmicas – As alterações corneanas podem ocorrer também em razão de outras condições como artrite reumatoide e lúpus.
Sintomas da Degeneração Marginal da Pelúcida
Os sintomas da DMP podem variar de leves a graves, dependendo do estágio da doença. Mas, sem dúvida, o principal sintoma da condição é a visão que vai piorando gradualmente com o tempo. Isso se deve ao aumento dos níveis de astigmatismo.
No entanto, resumidamente pode-se citar os mais comuns:
- Visão turva ou distorcida (principalmente devido ao astigmatismo irregular);
- Fotofobia (sensibilidade à luz);
- Irritação ocular e sensação de corpo estranho;
- Piora progressiva da visão, especialmente em condições de baixa luminosidade;
- Em estágios avançados, pode ocorrer afinamento extremo da córnea, aumentando o risco de perfuração espontânea.

Como é realizado o diagnóstico?
O diagnóstico da Degeneração Marginal Pelúcida é realizado por meio de exames oftalmológicos especializados, incluindo:
- Topografia Corneana – exame que identifica irregularidades na curvatura da córnea;
- Paquimetria – exame que mede a espessura corneana, revelando áreas de afinamento;
- Biomicroscopia com Lâmpada de Fenda – exame que permite visualizar alterações na estrutura da córnea;
- Tomografia de Coerência Óptica (OCT) – exame que fornece imagens detalhadas das camadas corneanas.
Importante destacar que o diagnóstico diferencial é importante para distinguir a DMP de outras doenças, como o ceratocone e a degeneração pelúcida central.
Existe tratamento para a condição?
O tratamento da Degeneração Marginal Pelúcida depende da gravidade da condição. As opções incluem:
1. Correção Óptica
Óculos ou lentes de contato rígidas podem melhorar a visão em casos leves.
Lentes esclerais são frequentemente utilizadas em casos moderados, pois proporcionam melhor estabilidade na superfície irregular da córnea.
2. Tratamento Cirúrgico
Crosslinking Corneano (CXL) – Procedimento que pode ser usado para fortalecer a córnea e retardar a progressão.
Transplante de Córnea – Em casos graves, um transplante lamelar ou penetrante pode ser necessário.
3. Manejo de Complicações
Lubrificantes oculares para aliviar a irritação.
Proteção contra trauma ocular para evitar rupturas.

Por fim, vale dizer que a Degeneração Marginal Pelúcida é uma condição rara, mas que pode causar impactos significativos na qualidade de vida do paciente. Sendo assim, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para preservar a visão e evitar complicações graves. Com os avanços na oftalmologia, muitas opções terapêuticas estão disponíveis para ajudar a controlar a doença e melhorar a visão dos pacientes afetados.
Por isso, se você apresenta sintomas como visão distorcida ou irritação ocular persistente, consulte um oftalmologista para uma avaliação detalhada! Não espere o problema melhorar por si só, pois isso pode levar a complicações mais severas.
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