A incidência de alergias oculares no verão 

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Embora o verão seja muito aguardado, ele também está associado ao aumento significativo de casos de alergias oculares. As temperaturas elevadas, a maior exposição ao sol e ao ar livre, condições típicas desta estação, são  gatilhos para o surgimento de problemas visuais. Isso ocorre devido a uma combinação de fatores ambientais, comportamentais e biológicos, que contribuem para irritações e inflamações nos olhos, impactando a qualidade de vida de muitas pessoas. 

Importante destacar que algumas populações têm maior vulnerabilidade a alergias oculares no verão. Crianças e adolescentes, são mais vulneráveis devido à maior sensibilidade a alérgenos. Também as pessoas com histórico de doenças alérgicas, como rinite ou asma, estão propensas a desencadeá-las. Além disso, indivíduos que passam muito tempo ao ar livre, seja por trabalho ou lazer podem ter a saúde ocular  prejudicada por agentes que as desencadeiam. 

Principais fatores de risco para alergias oculares no verão  

Alguns fatores típicos do verão são desencadeadores de alergias oculares. Entre eles estão: 

  • Aumento do pólen no ar : durante o verão, muitas plantas estão em plena fase de polinização, liberando uma grande quantidade de pólen no ar. Não é novidade que este elemento é um alérgeno comum, inclusive causando alergias respiratórias. Porém, ao entrar em contato com a superfície ocular, também pode desencadear reações alérgicas, como coceira intensa, vermelhidão e lacrimejamento nos olhos;
  • Exposição ao cloro e a outros produtos químicos : piscinas, frequentemente são utilizadas para nos refrescarmos no calor, no entanto, elas são tratadas com cloro e outros produtos químicos para desinfecção. Essas substâncias podem irritar os olhos e, em pessoas mais sensíveis, agravar quadros alérgicos, especialmente se houver exposição prolongada;
Grupo de amigos, usando óculos de sol e tomando suco, divertem-se fazendo selfies na piscina.
  • Clima seco e ventilação intensa : em algumas regiões, o verão traz clima seco e ventos fortes, que espalham partículas de poeira, ácaros e outros irritantes no ar. Isso pode intensificar os sintomas de alergias oculares, principalmente em pessoas já predispostas a essas condições;
  • Radiação ultravioleta (UV) : a maior incidência de raios UV, durante o verão, não só afeta a pele, como também os olhos. A exposição prolongada ao sol, sem a proteção adequada, pode causar inflamações oculares, como a fotoconjuntivite, que podem ser confundidas com alergias.

Sintomas das alergias oculares

As alergias oculares, no verão, manifestam-se principalmente com os seguintes sintomas:

  • Coceira: este é o sintoma predominante, muitas vezes agravado pelo ato de esfregar os olhos;
  • Lacrimejamento: resposta natural do olho para eliminar irritantes;
  • Vermelhidão: resultante da dilatação dos vasos sanguíneos na conjuntiva;
  • Inchaço: pode ocorrer nas pálpebras ou em torno dos olhos;
  • Sensação de areia nos olhos: comum em ambientes muito secos ou com poeira.

Prevenção e cuidados essenciais

Adotar medidas preventivas contra as alergias oculares próprias do verão é essencial para minimizar a sua ocorrência. Algumas práticas incluem:

Proteger os olhos dos raios UV : o uso de óculos de sol com proteção UV ajuda a prevenir a exposição direta à radiação ultravioleta e a reduzir o contato com pólen e poeira;

Fazer a higiene adequada : lavar o rosto e os olhos com frequência pode remover alérgenos que se acumulam durante o dia. Além disso, evitar esfregar os olhos reduz o risco de agravamento dos sintomas;

Jovem com cabelos castanhos escuros e o dorso nu está lavando o rosto no banheiro em casa.

Manter ambientes limpos : utilizar filtros de ar e aspiradores com filtro HEPA ( um filtro de ar de alta eficiência que remove partículas microscópicas do ar, como ácaros, vírus, bactérias e alérgenos) ajuda a minimizar a circulação de alérgenos no ambiente interno; 

Evitar exposição prolongada a alérgenos : sempre que possível, evitar áreas com alta concentração de pólen, especialmente em dias quentes e secos, quando a dispersão é maior;

Usar colírios lubrificantes ou antialérgicos: colírios prescritos por um oftalmologista podem aliviar os sintomas e prevenir inflamações. Entretanto, é importante evitar automedicação, pois alguns produtos podem conter conservantes ou outros componentes que pioram a irritação.

Tomar cuidado em piscinas e praias: utilizar óculos de natação ao mergulhar e lavar os olhos após o contato com cloro ou água salgada pode evitar irritações adicionais.

Tratamento para as condições alérgicas

Caso os sintomas persistam ou se agravem, é fundamental procurar um oftalmologista. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos específicos, como os antialérgicos orais ou tópicos, ou ainda, os corticoides tópicos para os casos mais graves, desde que com prescrição médica. Em alguns casos, a imunoterapia pode ser realizada para reduzir a sensibilidade a alérgenos específicos.

Homem maduro, com bigode branco, está pingando colírio em um olho vermelho injetado de sangue. Conceito de alergias oculares no verão

Por fim, pode-se dizer que o verão é uma estação que exige atenção redobrada com a saúde ocular, especialmente para aqueles que são predispostos a alergias. Medidas preventivas, associadas a hábitos saudáveis e acompanhamento médico, são fundamentais para aproveitar essa época do ano sem desconforto. Proteger os olhos, manter ambientes limpos e evitar exposição prolongada a alérgenos são estratégias simples, mas eficazes, para reduzir os impactos das alergias oculares. 

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