Sabe aquela vermelhidão nos olhos que, logo depois, vira uma coceira e, em seguida, parece que eles estão cheios de areia? E quando bate um vento mais forte no rosto, parece até que estilhaços de vidro estão dentro do globo ocular? Isso pode ser a síndrome do olho seco, que é bastante comum e precisamos de informações precisas para saber como tratar da melhor maneira. Mais ou menos 34% da população adulta, acima dos 18 anos, apresenta a síndrome do olho seco. No Brasil mais de quatro milhões de pessoas apresentam os olhos ressecados, e a maioria desta porcentagem é comporsta por mulheres.
A síndrome do olho seco é uma alteração na produção ou na composição das nossas lágrimas, deixando os olhos ressecados. Quando temos olho seco, o que apresentamos é vermelhidão na região, sensação de corpo estranho e cansaço nas pálpebras, podendo causar baixa visão.
O que causa o olho seco?
O uso do computador e do celular por muito tempo é uma das causas do desenvolvimento da síndrome do olho seco, isso acontece pelo olho não piscar o suficiente para manter a mucosa lubrificada. Em média piscamos de 16 a 18 vezes por minuto, mas quando estamos atentos a algo em frente às telas, esse número cai para mais da metade – acerca de três vezes por minuto. Piscar, além de ter a função mecânica de fechar os olhos, ajuda a hidratar a superfície ocular, o que corresponde a 30% da qualidade de visão.
Outras causas do olho seco são:
- idade;
- ar condicionado;
- uso de lentes de contato;
- poluição atmosférica;
- alguns medicamentos como antidepressivos, analgésicos, anti conceptivos.
As condições climáticas que estamos vivendo, o consumo de produtos químicos e uso de cigarro são outros fatores que também contribuem para o desenvolvimento do olho seco.
Como choramos?
A glândula lacrimal principal, que temos abaixo do osso que forma o supercílio, aumenta a produção de água de acordo com estímulos centrais (cerebrais). Quando temos um estímulo emocional, por exemplo, há um estímulo no sistema nervoso central e, então, há um aumento de produção desta glândula.
A composição do filme lacrimal, ou da lágrima, possui três camadas:
- a camada oleosa, que é a mais externa, formada pela secreção das glândulas de Meibomio;
- a camada aquosa, ou média;
- e a camada mais interna, a mucosa, formada pela secreção das glândulas caliciformes
Outra disfunção que pode gerar esta alteração é a disfunção das glândulas de Meibomio, localizadas atrás dos cílios. A alteração no seu funcionamento, seja um excesso ou escassez de produção do óleo, fixador da lágrima, faz com que o olho seco seja desenvolvido.
Tratamentos para a síndrome do olho seco
O tratamento do olho seco vai depender da sua causa e da sua gravidade, podendo ser receitado desde colírios de lágrimas artificiais ao uso de medicamentos. Em casos raros, pode ser necessária intervenção cirúrgica, mas, normalmente, o uso do colírio certo, receitado pelo médico, já é o suficiente para a correção do problema.
Muitas vezes, para ajudar na redução dos sintomas do olho seco, também se faz necessário atenção à medidas ambientais, como o uso de umidificadores de ar do ambiente. A pessoa também precisa se manter hidratada e, se o caso for muito grave, também pode ser necessário o uso de plugs para tampar a via de drenagem da lágrima e represar a água na superfície do olho.
Hoje em dia, o olho seco é uma das maiores causas da ida às pessoas ao oftalmologista, por queixa de dor nos olhos e vermelhidão. Para quem trabalha muito com computador, indicamos a procura pelo oftalmologista e a avaliar da necessidade do uso de um lubrificante para ajudar no tratamento do olho seco.
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